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O golpe, em si, aconteceu, no dia 31 de março de 1964, mas começou a ser organizado bem antes.

 

A UND (União Democrática Nacional) via nos militares a oportunidade ideal para ascender ao poder após o golpe. Os militares viam na possível aproximação com a UND um meio de obter o apoio da classe média e da elite conservadora, que poderiam vir a legitimar futuras iniciativas das Forças Armadas.

 

Prova disto foi a Marcha da Família com Deus e Pela Liberdade, que ocorreu  em 19 de março de 1964, na cidade de São Paulo, seis dias antes do comício da Central do Brasil (no Rio de Janeiro), em que João Goulart defendeu as Reformas de Base. Tais reformas eram vistas como o primeiro passo para a tranformação do Brasil em uma república socialista.

 

Um último elemento que apoiou o golpe: os EUA. O governo norte-americano estava preocupado com os rumos da política brasileira e sua excessiva independência. O governo João Goulart se recusou a apoiar o uso da força militar e a invasão de Cuba para instalar mísseis nucleares soviéticos (Goulart abrigava um arsenal nuclear que ia contra a Organização do Estados Americanos-OEA).

 

Depois de assistir ao discurso de Goulart pela televisão, o general Olímpio Mourão Filho partiu de Minas Gerais com suas  tropas para o Rio de Janeiro e lá recebeu o apoio do general Carlos Muricy e do Marechal Odílio Denys. Os militares legalistas apoiaram o movimento, como prova a participação do general Amauri Kruel, comandante das tropas paulistas.

 

O general Justino Alves Bastos também agiu, depondo e prendendo os governadores: Miguel Arrares de Pernambuco e Seixas Dória de Sergipe, identificados como comunistas e possíveis fases de resistência ao golpe.

 

Goulart foi para o Rio Grande do Sul. Em seguida, o presidente do senado, Auro de Moura Andrade, deixou vago o cargo de presidente da Câmara dos Deputados, e passou o poder para uma junta militar.

 

Os militares consideravam o movimento de 1964 como uma revolução. O Comando Supremo da Revolução era formado pelo almirante Augusto Rademaker Grunemald, ministro da marinha, Costa e Silva, ministro da Guerra, brigadeiro Francisco Correia de Melo, ministro da Aeronáutica, Conjunto das Forças Armadas.

GOLPE MILITAR

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