PRA NÃO
NÃO FALEI
DA DITADURA
QUE
DIZER
A Comissão Nacional da Verdade foi um projeto criado com o objetivo de esclarecer os fatos da Ditadura Militar. Entre estes fatos estão os verdadeiros paradeiros dos considerados desaparecidos, quem foi morto durante o regime, detalhes sobre torturas e torturados, entre outros.
Ela teve início em maio de 2012, quase trinta anos depois do fim da ditadura militar, investigando os crimes contra cidadãos que lutaram contra a repressão. Foram reveladas informações que eram abertas apenas para os militares, que foram mascaradas e escondidas da sociedade brasileira.
Um caso tratado na Comissão, por exemplo, foi o do engenheiro civil e político brasileiro, Rubens Paiva. Preso durante a ditadura, ele foi dado como desaparecido, quando os militares disseram a sua família que ele havia fugido da prisão. Na verdade, foi transferido para o DOI-Codi, onde teria sido torturado até a morte.
Sua morte só foi confirmada mais de 40 anos depois, após depoimentos de ex-militares envolvidos no caso, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade. Só então ficou esclarecido que ele foi torturado e assassinado nas dependências de um quartel militar entre 20 e 22 de janeiro de 1971, seu corpo foi enterrado e desenterrado várias vezes por agentes da repressão, até ter seus restos jogados ao mar.
Porém, a Comissão não tinha a função de punir nem indiciar criminalmente qualquer violador de direitos humanos, muito pelo contrário, ela apresentava “recomendações” para o Estado brasileiro sobre cada um dos casos.